Quem tem pet em casa já deve ter notado: o cachorro insiste em latir para um visitante, mas ignora outro completo estranho.
Essa atitude, chamada de latidos seletivos, intriga tutores, visitantes e até moradores do LoungeA, que veem o animal reagir de forma imprevisível.
Nesse cenário, entender o que o cão “enxerga” faz diferença. Ele se guia pela linguagem corporal, pelo olfato aguçado e por memórias passadas.
Portanto, cheiro, postura e tom de voz contam mais que palavras. E, se o animal associa algum detalhe a perigo, o latido vira instrumento de proteção.
Latidos seletivos em cães: como corpo, cheiro e recordação se combinam
O principal motivo dos latidos seletivos em cães está no modo como eles captam sinais sutis. Postura tensa, olhar fixo ou passo acelerado podem soar ameaçadores, mesmo que a pessoa não perceba.
O olfato dobra essa percepção. Hormônios liberados sob estresse, perfumes intensos ou medicamentos no organismo geram odores que o nariz canino identifica num segundo. Se algo lembra uma experiência ruim, a lembrança desperta o alarme.
Além disso, o local pesa. Dentro de casa, muitos cães se sentem guardiões do território; por isso, qualquer novidade se transforma em alerta. Em ambientes neutros, como praças ou clínicas, o mesmo animal pode parecer sociável, pois a carga territorial diminui.
Dicas para reduzir o incômodo e treinar respostas equilibradas
Latir faz parte da comunicação canina, mas a rotina não precisa virar caos. Pequenos ajustes ajudam o pet a filtrar estímulos e a se sentir seguro.
Imagem: Internet
Passo a passo prático para o dia a dia
Primeiro, observe gatilhos. Anote horário, perfil de visitante e local onde o latido ocorre. Esse mapa mostra padrões que orientam as próximas ações.
Na sequência, controle a aproximação: peça que visitas evitem movimentos bruscos, agachem-se de lado e ofereçam a mão para o cão cheirar antes de qualquer carinho.
Outro ponto é reforçar a calma. Sempre que o animal ficar tranquilo perto de quem antes causava alarde, entregue um petisco ou elogio. Ele associa quietude a recompensa.
Por fim, socialize aos poucos. Apresente novas pessoas e lugares gradualmente, respeitando o limite do pet. Em casos intensos, um educador canino ou veterinário comportamental pode guiar o processo com segurança.
Com essas medidas, os latidos seletivos em cães tendem a diminuir, garantindo convivência pacífica e previsível para família, visitas e, claro, para o próprio animal.

